ACTIVIDADES – ARQUIVO 2020

Helder Bértolo, é o novo presidente da Opus Diversidades e é há algum tempo o responsável pelo programa Para lá do Arco Íris. Estivemos à conversa através do Instagram e entre ficarmos a conhecer um pouco mais do seu percurso enquanto activista e o que o levou a agarrar a oportunidade de dar a cara pela Opus Diversidades ficamos também a conhecer o trabalho desempenhado pela respectiva associação. Quanto ao projecto Para lá do Arco Íris podem aceder aos vídeos através da hiperligação existente na nossa página inicial. Falamos também do trabalho mais recente que consiste na parceria com outras associações e colectivos na MOL (Marcha do Orgulho de Lisboa) para a angariação de fundos para ajudar as pessoas que foram atingidas pela pandemia em questões como pagamento de comida, medicamentos, transporte para o trabalho,  no pagamento de contas necessárias para a normal sobrevivência, em questões médicas,  apoio psicológico, entre outros.

A pandemia forçou as pessoas a mudarem de diversas formas as suas vidas, no nosso caso foi um simples acto de deixar os formatos presenciais de conversas e ingressar no mundo das conversas online. Depois de uns meses de férias regressámos com o nosso Já Falavas-Conversas com Activistas e estivemos à conversa através do Instagram com Daniela Bento (Dani) sobre pessoas Não Binárias. Dani é activista e trabalha as questões trans e não binárias, faz parte da direcção da ILGA Portugal e é coordenadora do GRIT – Grupo de Intervenção Trans da ILGA, entre outras participações e lutas activistas.  

Em Junho celebra-se o mês do Orgulho LGBTI, em comemoração das Revoltas de Stonewall que decorreram em 1969 no Estados Unidos da América. Ainda que devido à pandemia que nos assola não sejam possíveis Marchas presenciais, as diversas Organizações, Associações e Colectivos adaptam-se todos os dias para que a defesa dos direitos LGBTI+ não pare. Desta forma tivemos um fim de semana preenchido com representatividade em vários acontecimentos. Deixamos as hiperligações para o nosso canal de Youtube para que possam ver os vídeos.

“No dia em que se assinala a Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, é importante recordar o caminho que fizemos, enquanto sociedade, no combate à discriminação e ao preconceito e na garantia da visibilidade de todas as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexo.

Mas não podemos esquecer que a orientação sexual, identidade  e expressão de género permanecem ainda entre os fatores de discriminação que motivam mais episódios de violência em Portugal. Estas situações ocorrem online, mas também nas ruas dos nossos bairros, em casa, no local de trabalho ou nos corredores das nossas escolas e universidades.

A violência e o bullying homofóbico, transfóbico e bifóbico não escolhem idades, localização geográfica ou condição económica. Por isso, o combate ao ódio e à segregação tem de continuar a ser uma prioridade para a construção de espaços seguros e de um país mais inclusivo e mais justo.

Conseguimos avanços de grande importância, como o fim da discriminação no acesso ao casamento, à adoção, à procriação medicamente assistida e a aprovação da lei da autodeterminação da identidade e expressão de género e proteção das características sexuais de cada pessoa, que abriram espaços de discussão pública e tornaram visíveis os desafios que muitos desconheciam.

Neste dia de luta e num ano em que o isolamento social passou a ser condição para a nossa segurança, para mitigar a pandemia Covid-19, queremos deixar claro que comportamentos violentos ou discriminatórios não serão tolerados. Não tenhamos dúvidas de que este combate deve ser prosseguido e reforçado. Não sejamos cúmplices. Fiquemos do lado certo.

Hoje, e todos os dias, estamos convosco para um Portugal mais igual.

Direitos LGBTI são Direitos Humanos!”

A violência sobre as mulheres deixa a cada ano que passa mais vítimas. Aquelas que nunca mais poderão contar a sua história e aquelas que não o fazem por medo de represálias. As mulheres da comunidade LGBTI+ sofrem várias formas de violência, são discriminadas por serem mulheres, pela sua orientação sexual, pela sua identidade de género e por não ocultarem a sua existência. A igualdade é um sonho quando devia ser uma realidade.

Dia 22 de Fevereiro assinala-se a morte de Gisberta Salce Júnior, mulher Trans assassinada no Porto em 2006. Quantas Gisbertas temos pelo mundo fora que nunca foram conhecidas e que são esquecidas. Estivemos à conversa com Clara Duarte, coordenadora do Grupo de Viseu da Amnistia Internacional sobre Direitos Humanos para que ninguém caia no esquecimento.

O grupo LGBTI Leiria nasceu no início de 2019 de uma parceria entre várias pessoas e associações da região de Leiria composto por um núcleo de cerca de 10 pessoas e vários apoiantes que combatem a discriminação, eliminam fobias, asseguram direitos e celebram a diversidade do amor!.

Criada em Janeiro de 2011 a Plataforma Anti-Transfobia e Homofobia é composta por diversas organizações. O seu trabalho consiste em promover actividades que permitam sensibilizar a população para as questões que envolvem a comunidade LGBTI+. 

João Cartaxo e Diogo Rivers vieram conversar connosco sobre os desafios que os movimentos LGBTI+ enfrentam no dia a dia, assinalando os dois anos do Colectivo LGBTI Viseu.

O Clube Safo é uma organização de defesa dos direitos das mulheres lésbicas, criada em 1996. Dia 25 de Janeiro estivemos no Tito’s Bar junto à Sé de Viseu, à conversa com Alexa Santos que veio representar o Clube Safo, para nos falar um pouco desta organização e dos seus projectos.

Activista pelas questões LGBTI+ desde 2009, Alexa iniciou o seu percurso na Rede Ex-aequo, tendo colaborado também com diversas associações como é o caso da ILGA Portugal, IGLYO e a LGBT Foundation Manchester. Tirou o mestrado em Género, Sexualidade e Teoria Queer pela Universidade de Leeds, é a vice presidente do INMUNE ( Instituto da Mulher Negra em Portugal) e iniciou recentemente um projecto de investigação no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.