ATIVIDADES – ARQUIVO 2018

A Marcha saiu à rua

Exposição de Fotografia sobre a 1ªMarcha pelos Direitos LGBTI+ de Viseu

Rainbow Party

8 de Dezembro de 2018

“A Marcha saiu à rua” foi um projecto que partiu de uma ideia do proprietário do estabelecimento que por várias vezes nos abriu a porta, inclusive na Festa pré-Marcha. Abraçamos a ideia e fizemos não só uma Exposição de fotografia que esteve patente no Tito´s bar entre 8 a 28 de Dezembro de 2018, como fomos mais longe e com a cedência gentil de várias pessoas juntamos vídeos sobre a Marcha e editamos um vídeo que está disponível no nosso canal do youtube. Ver Vídeo…

“Foi de coração cheio e um sentimento de desejo cumprido que decidimos organizar a exposição de fotografia sobre a 1ª Marcha pelos direitos LGBTI+ de Viseu. Cada uma das imagens presentes na exposição mostra uma perspetiva do que se viveu naquele dia, mostram a luta e a união, no seu melhor. Eu não podia estar mais orgulhosa do resultado final, foi um longo percurso mas com amizade, persistência e muito amor conseguimos sempre chegar mais longe.” Vânia Silva (Colectivo LGBTI Viseu)

Marcha Pela Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres

25 de Novembro de 2018

Colaborámos na organização do evento que foi composto por uma marcha pelas ruas de Viseu, para lembrar que infelizmente a violência sobre as mulheres se traduz todos os anos em dezenas de mortes.

Em 2018 morreram 28 mulheres vítimas de violência doméstica em Portugal. Infelizmente as leis e a mentalidade do nosso país ainda estão longe de permitir que este problema deixe de existir. Os agressores muitas das vezes saem impunes e regra geral são as mulheres (vítimas) que têm de sair das suas próprias casas e serem acolhidas em “casas abrigo”.

A lei do silêncio tem de terminar, ninguém pode sair impune de um acto de violência e não devem ser as vítimas a terem de sair das suas casas, mas sim os agressores. A educação/formação cívica dos mais jovens é urgente, para que conceitos como controlar o que as pessoas vestem ou os seus telemóveis deixem de ser considerados normais. A violência não é só física e o assédio sexual a que muitas mulheres estão sujeitas todos os dias tem de terminar.

No dia 25 de Novembro lembrámos todas as mulheres que não conseguiram fazer ouvir a sua voz e todas as que conseguiram dar voz à violência que sofreram. Para que nenhuma delas seja esquecida. Violência não!

Apresentação do livro Des(Orientação)


24 de Novembro de 2018

João Geraldes apresentou no CAOS, em Viseu, o seu primeiro livro Des(Orientação). Um livro que mostra que o preconceito mora muitas vezes no nosso espelho e que o coming out pode ser também uma quebra dessas amarras que estão enraizadas em nós e que são reforçadas pela sociedade e pelo estigma social associado.

O assumir da sexualidade e a quebra do silêncio que a envolve procura desconstruir o medo do indivíduo de sentir, de ser e de viver de forma genuína. Ultrapassar essa barreira torna-se, tantas vezes, uma tarefa complexa durante a qual o indivíduo luta consigo próprio na ânsia de ser verdadeiro, sem que isso de forma alguma o invalide, o torne fragilizado em relação ao seu autoconceito e considerado estranho aos olhos de uma sociedade ainda muito homofóbica e preconceituosa.

João descreve-nos o seu percurso, as suas dúvidas, as suas preocupações e os seus medos que foi desconstruindo, partilhando algumas estratégias que permitiram a aceitação da sua sexualidade como algo natural, independentemente da forma como muitos a possam ver e sentir.

O livro é prefaciado por André Lamas Leite, da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, Luís Santos, da Universidade Fernando Pessoa, e Diogo Vieira da Silva, coordenador europeu do projeto It Gets Better.

“Um dos principais objetivos é alertar para a necessidade de deixar de existir preconceito em relação à abordagem de alguns temas — neste caso a orientação sexual — que são naturalmente humanos e, acima de tudo, de valorizar as pessoas, independentemente das suas particularidades.”

“Em Viseu eu e o Diogo Vieira da Silva pudemos voltar a falar sobre aquilo que é, naturalmente, humano. A vivência da orientação sexual de uma forma livre, desprovida de preconceitos e tabus. Percebemos, também, que em locais mais afastados das grandes metrópoles é mais difícil ser-se quem se é, sobretudo, quando a orientação sexual não vai ao encontro daquilo que é heteronormativo. Os contextos sociais que nos rodeiam continuam a influenciar, de forma significativa, os preconceitos existentes e condicionam a liberdade de expressão relativamente a vários aspetos, nomeadamente, a orientação sexual. Foi um momento intimista onde, num formato informal e flexível, pudemos partilhar vivências e reforçar a importância de se continuar a falar sobre a orientação sexual. Contámos, ainda, com a presença do Tiago Braga, acompanhado à guitarra pela Rita, num “concerto” acústico, tendo o Tiago reforçado a necessidade de se falar, também, a nível musical, da orientação sexual e da inclusão de orientações diferentes da heterossexualidade. Obrigado à organização LGBTI Viseu pelo convite e parabéns pelo trabalho que têm feito com a comunidade.” João Geraldes, Autor do Livro Des(Orientação)

HALLOWEEN PARTY

31 de Outubro de 2018

Deixa os monstros no armário e sai à rua!!!

TITO’S BAR

Encontro pela Democracia, Contra o
Ódio no Brasil

25 de Outubro de 2018

Colaborámos na organização deste evento no sentido de manifestar o descontentamento e desagrado para com a precariedade da democracia brasileira e o crescente atentado aos direitos humanos no Brasil. 

Acreditamos que todas as pessoas, independentemente da sua orientação sexual, género, etnia, religião ou ideologia têm o direito de viver sem medos. Manifestámos desta forma o nosso apoio e solidariedade a quem, no Brasil, trava neste momento uma dura luta contra o ódio, repudiando inteiramente todos os que visam criar um clima de hostilidade. Porque o mundo deve ser mais justo e respeitador da diversidade e dos direitos humanos.

As informações que chegam até nós portugueses são de um país onde a democracia se esvanece e onde o ódio reina em seu lugar com agressões, espancamentos, violações, assassínios, além de continuadas ameaças. Aos olhos dos agressores, a violência e os assassinatos são legítimos, pois englobam os seus ideais de país e de povo. Aos olhos da Humanidade são um atentado à liberdade, à democracia e aos direitos humanos.

1º Ciclo de Cinema LGBTI de Viseu

Carmo 81

20 – 22 de Julho

28 – 29 de Julho

Pessoas Convidadas

Leonor Rodrigues e Sara Anjos (Projecto It Gets Better Portugal – IGBP)

Fernanda Ferreira e Pedro Ferreira (Família do Projecto IGBP)

Daniela Santos (ILGA)

Filipe Gouveia (Colectivo Somos Blergh)

Amanda Jús e Julie MZT (Colectivo LGBTI Viseu)

Fabíola Neto Cardoso (activista)

20 de Julho – Vamos Falar?

Projecto It Gets Better Portugal realizado por Leonor Rodrigues e Sara Anjos

Testemunhos de famílias portuguesas sobre o seu “coming out” .

21 de Julho – Mar

Curta realizada por William Vitória

Um casal português a viver no estrangeiro está de visita a Portugal e aceita a estadia que é oferecida por um amigo de infância. Este amigo guarda um segredo que apenas a sua mãe sabe.

Uma metáfora fortemente bela sobre um tema por vezes esquecido, as doenças sexualmente transmitidas.

21 de Julho – Pedro

Drama familiar entre um adolescente e a sua mãe num dia de praia. A curta envolve-nos em questões sobre a intimidade e o desejo nas relações humanas.

21 de Julho – Rip 2 My Youth

Realizado por um grupo de alunos do Mestrado de Audiovisual e Multimédia da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), “Rip 2 My Youth” é um documentário português que retrata a história de um jovem transsexual.
 

22 de Julho – Do I Sound Gay?

Documentário de David Thorpe, um escritor que não gosta da própria voz. Ele procura ajuda profissional para tentar mudar a sua forma de falar, enquanto investiga as questões relacionadas com o estereótipo de voz gay e o preconceito com ele relacionado.

28 de Julho – The Summer of Sangaile

Drama realizado por Alante Kavaite sobre Sangaile, uma adolescente de 17 anos que é fascinada por aviões de acrobacia. Durante um espectáculo de verão, conhece Auste por quem se apaixona 

29 de Julho – Any Day Now

Realizado por Travis Fine, é um drama passado nos Estados Unidos na década de 70, sobre um casal homossexual que deseja criar uma criança com Síndrome de Down abandonada pela mãe. A sua batalha legal remete-nos para uma realidade crua onde nem sempre o amor prevalece.

Foi com enorme prazer que aceitei o convite para assistir ao 1.º Ciclo de Cinema LGBTI de Viseu, realizado em Viseu, em 2018. Convite do movimento de cidadãos e cidadãs que defende os direitos da comunidade LGBTI+. Não fui só assistir, convidaram-me para um debate no final da exibição dos 6 episódios da série “Vamos Falar?”, produzido pelo It Gets Better Portugal e do qual participo, com muito orgulho, num dos episódios.   

 Chegada a linda cidade de Viseu, o acolhimento não podia ser melhor, fui recebida de forma tão calorosa e fraterna pelos/as jovens que me senti bastante comovida. De repente encontrei-me rodeada de pessoas lindas, maravilhosas e corajosas. O que me entristece é saber que são pessoas obrigadas a serem corajosas e resilientes desde muito cedo, devido às injustiças da vida, uma crueldade. Ao ver-me rodeada por esses/as jovens o meu sentimento é de proteção, de sacar a espada e combater todo o mal que surgir contra eles e elas. Mas sei que só se vence esse combate aplicando o amor e a inteligência, sem medo e com firmeza. É o que a vida me tem ensinado. Se procurarmos o lado certo da vida só acontecem coisas boas, conheces pessoas boas e aprendemos coisas boas. Ganhamos força e competência para enfrentar o mundo com o nosso amor e conhecimento, normalizamos o que é natural com as nossas atitudes.

Obrigada LGBTI Viseu por existirem e por ter tido a honra de vos conhecer.” Com amor Fernanda Ferreira

“Não é todos os dias que se vê ativismo LGBT+ a surgir numa cidade do interior de Portugal, pelo que ver o LGBTI Viseu a surgir deixou me extremamente curioso e fez-me deixar um like na página do Facebook para ir ficando a par.

Naturalmente, quando o Somos Blergh foi convidado a comentar um filme do ciclo de cinema em Viseu, tendo eu espaço no calendário, ofereci-me logo para ir até lá.

Já se falava de fazer a marcha quando lá estive, e fiquei extremamente fascinado com a eficácia de todos os membros do coletivo na sua organização. Para quem estava a lançar-se pela primeira vez, pareciam todos extremamente informados, cautelosos em relação a todos os potenciais obstáculos e prontos para acordar uma cidade que nunca tinha visto coisa igual.

O ciclo de cinema em si correu bastante bem, houve bastante discussão nos filmes que vi e no que comentei, o que é perfeito! Quantas mais opiniões divergentes das pessoas presentes na sala, mais podemos informar e desconstruir preconceitos que muitas vezes nós próprios não sabemos que temos!

Fico contente em ver tanta energia e tantos resultados, acho que só reflete o empenho desta equipa. Fala-se há anos da necessidade de fazer coisas LGBT no interior do país, ainda bem que em Viseu (Vila Real e Bragança) finalmente alguém passou do falar para a ação!”

Filipe Gouveia, Colectivo Somos Blergh

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