ARTIGOS – ARQUIVO 2018

O ano de 2018 em revisão

Ana Ferreira

30 de Dezembro de 2018

O ano que termina agora foi uma autêntica roleta no que concerne aos direitos e liberdade da comunidade LGBTI+ em todo o mundo. Positivamente foi o ano em que nos erguemos e abrimos uma página no Facebook sobre a comunidade em Viseu. Nove meses depois e quase contra todas as expectativas nasciam sorrisos nos rostos dos Viseenses e de todos os que não sendo da cidade tornaram a 1ª Marcha pelos Direitos LGBTI+ de Viseu, a terceira maior desse ano no país com mais de 1000 pessoas.

Acompanhados pela Secretária de Estado pela Cidadania e Igualdade (Doutora Rosa Monteiro) que destapou a caixa de pandora em que se tornou o tema LGBTI+ em Portugal e fez da nossa a sua bandeira, fizemos ouvir a voz de quem não cala a sua existência. E entre risos nesta que foi a “Marcha do Amor”, comovemo-nos e continuaremos a comover com a história da Dona Eulália de “coming out” como mãe e com a sua garra de mulher que vira o mundo do avesso em prol de um filho.

Viseu foi a 11ª cidade a marchar pelos direitos da comunidade. Neste ano realizaram também pela primeira vez uma marcha em prol dos direitos LGBTI+ Faro, Bragança e Guimarães. Cada vez mais a comunidade sai do armário, a cada dia que passa figuras públicas portuguesas e mundiais saem do armário em público o que torna mais visível a luta LGBTI+.

Apesar da Organização Mundial de Saúde finalmente ter removido a identidade trans das Perturbações Mentais e Comportamentais, a Carta Universal dos Direitos Humanos continua a ser ignorada todos os dias, como se algo tão precioso como os Direitos Humanos fosse invisível para tantos.

Portugal a cada dia que passa torna-se um país mais inclusivo e igualitário. São exemplos disso a Lei sobre Identidade de Género e Características Sexuais promulgada este ano e a demonstração de um Curso da UTAD que saiu à rua no cortejo da Latada mostrando que a praxe pode ser inclusiva usando palavras de ordem, canções e performances de uma forma positiva sobre a comunidade LGBTI+, contrariando a crescente onda de violência nas praxes no Ensino Superior.

A homossexualidade deixa de ser considerada crime em alguns países enquanto outros, ficam cada vez mais cegos perseguindo, prendendo, torturando e matando os membros da comunidade LGBTI+ num visível e horrífico atentado aos direitos humanos. Em Portugal existem pessoas que escrevem nos seus livros, que fazem parte inclusive da bibliografia de cursos do ensino superior, que os homens homossexuais não devem trabalhar com rapazes. Felizmente em tom de alterar a balança da ignorância foram lançados alguns livros com histórias e visões sobre a comunidade como foi o caso de DesOrientação, de Bruno, de Pão de Açúcar entre outros que nos fazem sair do mundo das trevas e nos trazem para a luz da civilização.

O Brasil ainda que do outro lado do mar trouxe-nos a dor e o medo de quem não pode ser apenas porque religiões e preconceitos acreditam ditar as regras do mundo. Marielle Franco, mulher, negra, lésbica e activista foi assassinada tornando-se um símbolo de resistência contra todas as formas de violência contra as mulheres e contra a comunidade LGBTI+ no mundo inteiro. Entre mortes e gritos de dor o Brasil ofereceu-nos Pablo Vitar que entrou pelos nossos écrans, pelos nossos telemóveis e esteve inclusive no nosso país, trazendo um brilho e a mensagem de que ser quem somos nos torna mais fortes.

Dia Internacional dos Direitos Humanos

Ana Ferreira

10 de Dezembro de 2018

Celebramos hoje o Dia Internacional dos Direitos Humanos que este ano se torna uma data ainda mais especial pois são já 70 anos de existência da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Assinada em 1948 no pós 2ª Guerra Mundial, a declaração possui o intuito de promover a paz e a preservação da humanidade. Cinquenta e oito países juntaram-se para desta forma prevenirem os horrores vividos durante esta guerra por todo o mundo e para que as gerações futuras não esquecessem os direitos básicos de qualquer ser humano.

Tristemente por todo o mundo os Direitos Humanos não são respeitos em prol de crenças, de situações politicas, de supostas tradições, da quebra do espaço de cada um alegando sempre algo maior do que a dignidade humana.

Todos os dias nos chegam pelos meios de comunicação notícias de guerras, de mortes, de violações e de vítimas LGBTI+, ouvindo-se em cada uma destas o rasgar da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A LGBTI Viseu celebra hoje este dia publicando o seu vídeo sobre a 1ª Marcha pelos Direitos LGBTI+ de Viseu. A Marcha do Amor, uma marcha pelos Direitos Humanos.

https://www.youtube.com/watch?v=Qy30jVzq2rU&feature=share

https://www.amnistia.pt/os-direitos-humanos-que-ainda-nao-se-podem-comemorar-em-portugal/

https://dre.pt/declaracao-universal-dos-direitos-humanos

Dia Internacional da Memória Transgénera

Ana Ferreira

20 de Novembro de 2018

Surgiu em 1999 um ano após a morte de uma mulher trans (Rita Hester) na América. O dia 20 de Novembro serve desta forma para prestar homenagem a todas as pessoas que faleceram vítimas de uma sociedade preconceituosa e desrespeitadora da identidade de cada um. Todos os anos centenas de transexuais são agredidos física e verbalmente. Todos os anos morrem centenas de transexuais, sendo o Brasil o país com maior taxa de homicídios. Porque a memória dos povos é curta relembremos Gisberta, porque esquecer não é solução.

Relembrar e educar sim!

https://www.youtube.com/watch?time_continue=197&v=_oDWUlFuiCI

https://www.amnistia.pt/tematica/direitos-sexuais-reprodutivos/

https://transequality.org/blog/remembering-our-dead

https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2018/11/20/dia-internacional-da-memoria-trans-chama-atencao-para-violencia-cotidiana-no-ceara.ghtml

ERS True Colors

Ana Ferreira

20 de Novembro de 2018

O projecto é fresco, tão fresco como a tinta das escadas que fazem da Escola Secundária da Ramada uma escola mais inclusiva. O True Colors surgiu da mente de três alunos que se uniram a profissionais da escola e desenvolveram o projecto. Esta iniciativa permite a toda a comunidade LGBTI+ da escola ser acompanhada e sentir-me menos excluída podendo partilhar as suas histórias de uma forma segura, sem medos. No dia 2 de Novembro a Escola teve novas cores pois uma das escadarias desta foi pintada com as cores que compõem a bandeira LGBTI+. Fica aqui o link da página, partilhem para que mais escolas vejam neste projecto um exemplo de cidadania e igualdade.

https://www.facebook.com/ESR-True-Colours-697144420647843/

Dia da Visibilidade Intersexo

Ana Ferreira

26 de Outubro de 2018

Ser Intersexo é ainda hoje um tema de interpretações controversas e de discriminação profunda. A ignorância da sua definição leva à interpretação errada da mesma. Os intersexuais possuem características sexuais fora do espectro do comum masculino ou feminino que conhecemos. A intersexualidade engloba também questões não só a nível da anatomia mas também a nível hormonal ou características que se tornam mais evidentes com o crescimento dos indivíduos.

https://www.amnistia.pt/compreender-o-i-em-lgbti/

https://orientando.org/o-que-e-intersexo/

https://ilga-portugal.pt/noticias/Noticias/factsheet_un_intersexo.pdf

Dia Mundial de Combate ao Bullying

Ana Ferreira

20 de Outubro de 2018

A palavra Bullying é um termo inglês utilizado para descrever actos de violência física ou psicológica, tendo surgido a primeira vez no final da década de noventa após o Massacre de Columbine nos EUA.
Ainda que recente a palavra, o fenómeno infelizmente existe há muito tempo e tornou-se numa batalha diária nas escolas pelo Mundo fora e mesmo fora destas.

Diz não ao Bullying e denuncia-o, o silêncio não é solução.

https://www.portalbullying.com.pt/
https://apav.pt/apav_v3/index.php/pt/
http://www.apavparajovens.pt/pt/go/o-que-e2
https://www.amnistia.pt/projeto-stop-bullying/

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